Caos de lares nos Focolares.
Precisam respirar outros ares,
Ode de turbulentos mares!
Fim dos insaciáveis pares,
Da gira e dos bares:
O fim e o começo!
O início meço,
Enquanto não engesso,
Ou enquanto te peço.
Caos de lares nos Focolares.
Precisam respirar outros ares,
Ode de turbulentos mares!
Fim dos insaciáveis pares,
Da gira e dos bares:
O fim e o começo!
O início meço,
Enquanto não engesso,
Ou enquanto te peço.
Tenho uma excelente oportunidade para você. Aquela que você não vai esquecer: mentiras novas! São importadas, você não vai encontrar iguais as nossas. Estão acabando as últimas unidades, compre logo! Receba também amostras grátis para acabar com as dúvidas com nossos consultores.
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Segredos,
Mentiras,
Desgastes.
Puros medos,
Iras,
Gostastes?
Tão cedos?
Sentiras?
Vós calastes?
Aos dedos,
Giras...
De astes?
Azedos,
responde em tiras:
per gun tar o fen de.
O tempo passa elasticamente, contorcido em desejos e consumos insolentes: ora devagar, ora muito rápido, naturalmente.
Luzes passam devagar, levando e trazendo mais uns e menos outros, num fluxo constante de espaço-tempo deformados. Os segredos ficam guardados no escuro rico, envolvente, dilacerado.. Até que uma luz rouba todo o segredo lá contido!
Lá onde? Lá, no indefinido tempo-espaço deformado, descrito por ondas flexíveis que tudo varre dentro da sua banda..
E lá se foram outros segredos, recuperados das memórias perdidas, ex-convencidas de sua mediocridade, intolerância, medo, comodismo, ignorância.
Nesta total ausência presente, até de personagens, resta recuperar depressa os segredos aos cofres da fria escuridão, para que tudo tenha a integridade preservada. Delega-se ao leitor e à morte preservar os segredos, num movimento retrógado após expansões insustentáveis que se sucederam.
Seria excesso de pessimismo? Talvez, e sendo sim, a luz só cobre onde ela pode chegar, salvando nossos mistérios.
Voltas, volta, voltas..
Sucessões de rodas,
Volúpias escolhas mortas,
Para sempre o mesmo destino.
Na roda da fortuna,
És criança indefesa,
és jovem forte,
és cônjuge com proles,
Ou anciã?
A rosa-dos-ventos diz:
há crepúsculos e auroras..
O que ela quiz dizer?
Não disse nada,
Mas sua imaginação disse mais..
Ou menos:
Que existe se acreditar!
À anti-hipocrisia,
Alimente o cão abandonado,
Amigo do homem,
Inimigo ao mal ao homem:
Aquele que o alimente com oferendas.
Esqueçam suas pseudo-entidades,
Ignorem seus antepassados,
Desglorifiquem vossos egos.
Há alguém e seres reais:
Dê oferendas à alguém...
... E ao cão abandonado.
As informações fluem pois os ventos as levam, como os sons que propagam no ar, os papéis que os ventos levam para bem longe, as ondas que propagam nas forças das ventanias, a criatividade do pássaro que voa.
Não agridas teu parente de sangue pois estarás refletindo agressão a ti mesmo. Ignores o do seu sangue e estarás livre !
Quanto mais ela tinha, mais ela tinha de cuidar das coisas que detinha, o verdadeiro desperdício de forças! Ela brigava com todos por causa destas posses, não respeitava nem a si própria. Estas possessões a cegava de ver além, reduzindo-a ao consumismo sendo consumida: seu tempo, ânimo, atenção, vontades, recursos, discernimentos, moral, auto-disciplina, caráter e muito mais... Acabando!
A cura para isso era ilusória, todas ilusórias. A maioria defendia mais coisas e pessoras para se apegar e consumir. Outros, principalmente uns vendedores de aventais e roupas brancas impecáveis, aliás apenas estas roupas eram brancas, pregavam desde placebos de trigo e vinho, além de receitas de substâncias que "corrigiam" algo, sob preços absurdos, inclusive com sequelas, mas só disfarçavam, não curando o essencial e o resto... A lei de Ávis daquela personagem geravam comportamentos obsessivos, nervosismos, embriaguez, manias, desavenças, busca extensiva de culpados e fazer-se de vítima. Não era apenas esta lei que pertubava a personagem, haviam outras: Lei de Canis familiaris, Lei de Tributum, Lei de Maria Rosa Contestado, Lei de Domum, Lei de Bibitor Potum, Lei de Victimam, Lei de Mentiri, dentre muitas outras.
Era triste o quadro dela e o remédio potencial, aquele que realmente curaria, estava se tornando mais amargo, pois esse remédio era o DESAPEGO! Este remédio em quadros profundos, como este, precisava ser dosado e discernido para não se tornar o inverso, um veneno mortal. De certo, a morte caía bem à todos, não a morte do fim, mas a mortalidade para o renascimento de algo novo, assim como contara infinitos mitos do renascimento da ave fênix ou a transmutação pelo fogo da matéria morta para a vida da nova safra.
Foi muito difícil ela tomar esse remédio do desapego que o Nagual lhe sugerira. Aos poucos, sem precipitações como ela sempre fizera, o desapego foi tornando o ser dela mais leve, permitindo-a conhecer-se melhor e aos outros por perder o capuz da ignorância já nos primeiros desapegos, mofados da umidade de lágrimas dos olhos que já podiam ver luz pela primeira vez. Os seres que ela tanto criara haviam asas fortes graças ao desapego, com muito amor e sem muitas preocupações por parte dela. Aos poucos dosando o desapego para que o efeito do conhecimento fizesse a verdadeira cura, redescobriu que ela era importante, que é preciso estar muito preparara para conhecer para então poder fazer, que podia amar e ser amada, que podia existir muito além do consumir. Descobriu também que tudo na vida precisa ser dosado como fazem os alquimistas, que precisa se conhecer para conhecer o resto, que a felicidade vem de dentro para fora, que não precisa de obsessores para ser feliz, que fazer ou deixar de fazer dará na mesma, pois alguém tem de fazer, e muito mais. Para a infeliciade, descobriu que tudo na vida carrega seu próprio mau ou auto-defesa para se prosperar. Percebeu num nível maior de desapego a totalidade. Foram muitos conhecimentos, o que está escrito é apenas a ponta do iceberg do aprendizado não necessariamente lógico, como o fogo de Prometeu.
Os anos foram se passando e os elevados níveis de desapegos aumentaram os níveis das asas do conhecimento dela. A sabedoria que ela atingira era tamanha que seu último desapego, num corpo frágil de fígado, rins e pulmões transplantados, fora para sempre, abandonando as águas com grandes asas de luz. Ela deixou de ser uma personagem e se tornara Maria Rosa do Contestado.
O príncipe, depois de muitas frescuras românticas de casal, enfim encontrou e beijou a bela princesa, mas o beijo quebrou o encanto! Ele acabou acordando beijando uma perereca descabelada, fedida, mandona e resmungona!
Mas o príncipe muito esperto, ou quase, arranjou outra princesa bonita, mas se deu muito mal: a perereca já havia se casado com ele e sabendo da traição, ganhou a causa do divórcio, onde o príncipe perdeu tudo: dinheiro, nobreza, status, o título de príncipe!
Assim a perereca velha, enrugada e mandona viveu feliz para sempre sendo a rainha da Inglaterra.
Cale-se serpente!
Cálice por ser pente.
Cale-se, ser do pente!
Cálice da serpente.
Cale-se semente!
Cálice quer ser mente.
Cale-se ente!
Cálice quente.
Calem-se!
As dificuldades, os desafios, as mudanças: inspiram necessidades.
Tantas, necessidades e inspirações, são apenas a ponta de icebergs de trabalhos e dedicação.
Desaparecemos e reaparecemos em prol da inspiração criativa que transforma, modela, modifica, otimiza à nós mesmos e ao ambiente.
Os mitos ensinam coisas, valores, lições. Mostram outros sentidos.
Foi disponibilizado no diretório Lendas o conto andino “O Condor e a Raposa”.
Fractais estéreis em negro revelam nada significante, apenas um caos e ordem potencial. A entalpia do universo tende ao infinito para convergir na existência propriamente limitada, no paradoxo de quem estudou cálculo entenderia, talvez.
Enquanto isso, sou lido no tempo e espaço disperso, escrito por aquele que estava deitado no escuro sob uma cama.
Há momentos de circunstâncias que não fazer nada é a melhor e mais sábia opção.
Rascunho do Teorema acerca da existência:
# algo só existe se e somente se ele for limitado em um dado conjunto fechado bem definido.
# algo só existe se e somente se outros entes o reconhece.
## portanto este algo precisa pertencer a outros conjuntos.
# o ente existe enquanto sistema com regras internas bem definidas.
A noite chama a escuridão,
Sob chamas estrelares,
Gotas respingam nos lares,
Noturna oculta paixão!
Revelando todos os mares...
E saudades sem sedução.
No breu escuro nos palmares,
Egos mexem as folhas de limão,
Vultos despertam a doce solidão,
Assustando luzes e cocares.
No espelho negro vejo não,
Apenas sinto o coração!
Vibrar imensos ares.
Somos, sou, és, são, sois.. Milhares!
Ignorância que estás conosco,
Seja vós a vossa burrice,
Venha mais e mais idiotisse,
Seja feita a tolice,
Assim como sempre,
O pão nosso vem do mercado,
Assim como o sonho vem da padaria,
Perdoai nossa burrice,
Para assim sermos inocentados,
Não nos deixai sermos inteligentes,
Tampouco discernir,
Ocultai toda a verdade sempre,
Amei!
As pessoas falam, dissimulam e protegem-se do 'mal', sem tampouco entender elas mesmas, no mínimo.. E viva a santa virgem (de inteligência) ignorância!!!
O escritor amava a bailarina, uma escolhida dentre tantas. Mas a bailarina não amava o escritor, gostava mesmo do dançarino, que infelizmente não a amava. Fechando esse triângulo amoroso, o viril e forte dançarino amava o escritor, sendo este último amado também pelos leitores e leitoras. Mas o escritor amava somente uma pessoa: a bailarina.
A bailarina tercia belos e encantadores movimentos, girando e pousando no ar. A plateia admirava os movimentos aéreos dela, voando e retorcendo, segurada pela força do dançarino. Ele, o bailarino, desprezado pela plateia, pelo escritor e pelo leitor, sustentava a suavidade feminina da bailarina, dando vida aos movimentos que tanto o escritor descrevia.
O escritor era um inútil, apenas traduzia os expressivos movimentos das danças, expondo insensibilidades de todos para endeusar-se, enganando com inverdades os leitores e a bailarina que ele tanto amava, motivando-o nos textos e no coração, via ação das danças cotidianas. Assim a bailarina era o motivo da existência do escritor!
O dançarino invejava a bailarina pelo amor não correspondido do escritor. Desconhecido e ignorado por todos, ele sustentava todo o sistema, muito além da significância da bailarina. Ele já amou a bailarina quando a conheceu, mas o jogo de mentiras e intrigas gerou uma decepção amorosa profunda nele, até se apaixonar por aquele que tinha a atenção de todos, o mesmo quem escrevia e guardava profundos segredos, informações se reveladas poderiam arruinar todo o sistema de mentiras! Assim, talvez, esse amor ao escritor era apenas um desejo de poder, assim como as juras de amor públicas da bailarina era o medo dela perder o significado, a falta de amor próprio e a falta de valores muito além dos lucros das danças.
Ao leitor, apático e inerte nestas danças, como sempre e será, consumia e pagava por todas essas mentiras, desejando as famas dos lixos do escritor, assistindo tudo passivamente e incapaz de pensar que nas entrelinhas desta dança vocês, leitores, são cidadãs e cidadãos, enquanto o escritor (das leis) é o Estado, a bailarina são as empresas e o dançarino são os trabalhadores que sustentam as insensibilidades sem valores por um único valor...