quinta-feira, 26 de julho de 2012

Começo do fim

Caos de lares nos Focolares.
Precisam respirar outros ares,
Ode de turbulentos mares!

Fim dos insaciáveis pares,
Da gira e dos bares:
O fim e o começo!

O início meço,
Enquanto não engesso,
Ou enquanto te peço.

Vendo mentiras

Tenho uma excelente oportunidade para você. Aquela que você não vai esquecer: mentiras novas! São importadas, você não vai encontrar iguais as nossas. Estão acabando as últimas unidades, compre logo! Receba também amostras grátis para acabar com as dúvidas com nossos consultores.

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Perguntar ofende?

Segredos,
Mentiras,
Desgastes.
Puros medos,
Iras,
Gostastes?
Tão cedos?
Sentiras?
Vós calastes?
Aos dedos,
Giras...
De astes?
Azedos,
responde em tiras:
per gun tar o fen de.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Segredos indecifráveis

O tempo passa elasticamente, contorcido em desejos e consumos insolentes: ora devagar, ora muito rápido, naturalmente.

Luzes passam devagar, levando e trazendo mais uns e menos outros, num fluxo constante de espaço-tempo deformados. Os segredos ficam guardados no escuro rico, envolvente, dilacerado.. Até que uma luz rouba todo o segredo lá contido!

Lá onde? Lá, no indefinido tempo-espaço deformado, descrito por ondas flexíveis que tudo varre dentro da sua banda..

E lá se foram outros segredos, recuperados das memórias perdidas, ex-convencidas de sua mediocridade, intolerância, medo, comodismo, ignorância.

Nesta total ausência presente, até de personagens, resta recuperar depressa os segredos aos cofres da fria escuridão, para que tudo tenha a integridade preservada. Delega-se ao leitor e à morte preservar os segredos, num movimento retrógado após expansões insustentáveis que se sucederam.

Seria excesso de pessimismo? Talvez, e sendo sim, a luz só cobre onde ela pode chegar, salvando nossos mistérios.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Quatro tempos

Voltas, volta, voltas..
Sucessões de rodas,
Volúpias escolhas mortas,
Para sempre o mesmo destino.
Na roda da fortuna,
És criança indefesa,
és jovem forte,
és cônjuge com proles,
Ou anciã?
A rosa-dos-ventos diz:
há crepúsculos e auroras..
O que ela quiz dizer?
Não disse nada,
Mas sua imaginação disse mais..
Ou menos:
Que existe se acreditar!

domingo, 10 de junho de 2012

Aos domingos, dê oferendas ao cão

À anti-hipocrisia,
Alimente o cão abandonado,
Amigo do homem,
Inimigo ao mal ao homem:
Aquele que o alimente com oferendas.
Esqueçam suas pseudo-entidades,
Ignorem seus antepassados,
Desglorifiquem vossos egos.
Há alguém e seres reais:
Dê oferendas à alguém...
... E ao cão abandonado.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Os guias

Guias são aqueles que orientam, direcionam, sugerem e propriamente guiam os fluxos, os seres, as coisas, os personagens, os sinais e até as pessoas. Assim como o antigo Pajé Tapuamã dizia que os rios eram os guias da vida pelos peixes que ali fluíam, o sol é o guia da energia da vida ou a lua cheia era o guia dos guerreiros da noite. O próprio pajé era o guia da tribo, curando, ensinando e tomando decisões difíceis, fazendo uso desde plantas para guiar a cura, ritos e cantos para guiar a inspiração daquele povo ou ainda alguém delegado de tarefas tornava o indivíduo encarregado guia da tarefa delegada. A tribo tinha também memórias, tradições e a natureza para guiar nas mais diversas atividades. Se diante tantos guias ainda faltasse algum, inventavam mais, tipo uns espíritos ancestrais!

O tempo foi passando, aquele povo migrando nas proximidades e sucedendo-se pelos “mais fortes”, até aquelas terras tupamânicas tornarem-se hoje o bairro metropolitano Distante, com condomínios de pessoas encaixotadas. Essas “novas” pessoas tinham alguns guias diferentes para cada ocasião: o álcool para guiar o alívio à dor, cigarros para guiar a calma, telas luminosas para guiar o “lazer”, apartamentos de um metro quadrado para guiar a segurança, empregos para guiar o dinheiro que guia coisas mercadológicas que no fundo guiavam pouco para essas pessoas, guiando mais o funcionamento do sistema realimentado e escravocrata. Não havia mais pais ou mães para guiá-los, apenas farmácias vendendo vários guias.

Mesmo diante guias tão exóticos, essas pessoas continuavam desorientadas e sentindo falta de algo. Esqueceram que os mundos, mundos mesmo em plural, tem infinitos guias e que as possessões de certos guias tinham preços de liberdade e sabedoria comprometidos, tornando essas mesmas pessoas cada vez mais dependentes e ignorantes, portanto impossibilidades de acessos à outros guias.

Segundo o lendário pajé, todos os guias tinham seu custo, não tanto quanto esse povo do bairro Distante acreditara, mas por vezes requereria, dentre outros recursos, de sacrifícios, como a morte de uma planta para fazer o guia elixir de cura conforme a necessidade. As guias tradições também custavam às gerações posteriores ritos transfigurados sem sentido. O pajé também dizia que a consciência, o livre arbítrio, a memória, a vontade e os desejos eram guias pessoais genuínos que cada um tinha que respeitar e ouvir mais pois revelavam curas, mistérios e poderes, apesar que nem mesmo ele estava preparado para todos os poderes potenciais destes guias, que normalmente custam conflitos de todos os tipos.

Leitor, seja você morador do bairro Distante, ou não, saiba que até este texto foi um guia, limitado como qualquer outro. Há muitas literaturas e tradições fazendo classificações dos tipos de guias e até moralizações dizendo se um guia é bom ou ruim, limitando a totalidade de guias potenciais. Você está rodeado de guias, sendo você mesmo um plural de guias. Você é livre para escolher seus guias, aceitando ou não as sugestões deles, ou você é escravo dos seus poucos guias?

domingo, 27 de maio de 2012

Informação agressão

As informações fluem pois os ventos as levam, como os sons que propagam no ar, os papéis que os ventos levam para bem longe, as ondas que propagam nas forças das ventanias, a criatividade do pássaro que voa.

Não agridas teu parente de sangue pois estarás refletindo agressão a ti mesmo. Ignores o do seu sangue e estarás livre !


sábado, 26 de maio de 2012

Maria Rosa do Contestado

Uma personagem gastava todas as suas energias, recursos e forças em futilidades, desperdícios e emoções vagas. Se não bastasse, a personagem achava que os demais tinham obrigação de emprestar e dar recursos à mesma para manter a chama do seu ciclo vicioso. A ilusão desta personagem era imensa, ilustrada em possessões por coisas e objetos diversos.

Quanto mais ela tinha, mais ela tinha de cuidar das coisas que detinha, o verdadeiro desperdício de forças! Ela brigava com todos por causa destas posses, não respeitava nem a si própria. Estas possessões a cegava de ver além, reduzindo-a ao consumismo sendo consumida: seu tempo, ânimo, atenção, vontades, recursos, discernimentos, moral, auto-disciplina, caráter e muito mais... Acabando!

A cura para isso era ilusória, todas ilusórias. A maioria defendia mais coisas e pessoras para se apegar e consumir. Outros, principalmente uns vendedores de aventais e roupas brancas impecáveis, aliás apenas estas roupas eram brancas, pregavam desde placebos de trigo e vinho, além de receitas de substâncias que "corrigiam" algo, sob preços absurdos, inclusive com sequelas, mas só disfarçavam, não curando o essencial e o resto... A lei de Ávis daquela personagem geravam comportamentos obsessivos, nervosismos, embriaguez, manias, desavenças, busca extensiva de culpados e fazer-se de vítima. Não era apenas esta lei que pertubava a personagem, haviam outras: Lei de Canis familiaris, Lei de Tributum, Lei de Maria Rosa Contestado, Lei de Domum, Lei de Bibitor Potum, Lei de Victimam, Lei de Mentiri, dentre muitas outras.

Era triste o quadro dela e o remédio potencial, aquele que realmente curaria, estava se tornando mais amargo, pois esse remédio era o DESAPEGO! Este remédio em quadros profundos, como este, precisava ser dosado e discernido para não se tornar o inverso, um veneno mortal. De certo, a morte caía bem à todos, não a morte do fim, mas a mortalidade para o renascimento de algo novo, assim como contara infinitos mitos do renascimento da ave fênix ou a transmutação pelo fogo da matéria morta para a vida da nova safra.

Foi muito difícil ela tomar esse remédio do desapego que o Nagual lhe sugerira. Aos poucos, sem precipitações como ela sempre fizera, o desapego foi tornando o ser dela mais leve, permitindo-a conhecer-se melhor e aos outros por perder o capuz da ignorância já nos primeiros desapegos, mofados da umidade de lágrimas dos olhos que já podiam ver luz pela primeira vez. Os seres que ela tanto criara haviam asas fortes graças ao desapego, com muito amor e sem muitas preocupações por parte dela. Aos poucos dosando o desapego para que o efeito do conhecimento fizesse a verdadeira cura, redescobriu que ela era importante, que é preciso estar muito preparara para conhecer para então poder fazer, que podia amar e ser amada, que podia existir muito além do consumir. Descobriu também que tudo na vida precisa ser dosado como fazem os alquimistas, que precisa se conhecer para conhecer o resto, que a felicidade vem de dentro para fora, que não precisa de obsessores para ser feliz, que fazer ou deixar de fazer dará na mesma, pois alguém tem de fazer, e muito mais. Para a infeliciade, descobriu que tudo na vida carrega seu próprio mau ou auto-defesa para se prosperar. Percebeu num nível maior de desapego a totalidade. Foram muitos conhecimentos, o que está escrito é apenas a ponta do iceberg do aprendizado não necessariamente lógico, como o fogo de Prometeu.

Os anos foram se passando e os elevados níveis de desapegos aumentaram os níveis das asas do conhecimento dela. A sabedoria que ela atingira era tamanha que seu último desapego, num corpo frágil de fígado, rins e pulmões transplantados, fora para sempre, abandonando as águas com grandes asas de luz. Ela deixou de ser uma personagem e se tornara Maria Rosa do Contestado.

sábado, 12 de maio de 2012

Conto desencantado com a princesa

O príncipe, depois de muitas frescuras românticas de casal, enfim encontrou e beijou a bela princesa, mas o beijo quebrou o encanto! Ele acabou acordando beijando uma perereca descabelada, fedida, mandona e resmungona!

Mas o príncipe muito esperto, ou quase, arranjou outra princesa bonita, mas se deu muito mal: a perereca já havia se casado com ele e sabendo da traição, ganhou a causa do divórcio, onde o príncipe perdeu tudo: dinheiro, nobreza, status, o título de príncipe!

Assim a perereca velha, enrugada e mandona viveu feliz para sempre sendo a rainha da Inglaterra.

Tolerância

Para saber tolerar os outros é preciso primeiro saber tolerar a si mesmo.


terça-feira, 8 de maio de 2012

Cale-se

Cale-se serpente!
Cálice por ser pente.
Cale-se, ser do pente!
Cálice da serpente.
Cale-se semente!
Cálice quer ser mente.
Cale-se ente!
Cálice quente.
Calem-se!

Inspiração

As dificuldades, os desafios, as mudanças: inspiram necessidades.

Tantas, necessidades e inspirações, são apenas a ponta de icebergs de trabalhos e dedicação.

Desaparecemos e reaparecemos em prol da inspiração criativa que transforma, modela, modifica, otimiza à nós mesmos e ao ambiente.

sábado, 5 de maio de 2012

Leia-me para não entender

Fractais estéreis em negro revelam nada significante, apenas um caos e ordem potencial. A entalpia do universo tende ao infinito para convergir na existência propriamente limitada, no paradoxo de quem estudou cálculo entenderia, talvez.

Enquanto isso, sou lido no tempo e espaço disperso, escrito por aquele que estava deitado no escuro sob uma cama.

Qual é a melhor escolha?

Há momentos de circunstâncias que não fazer nada é a melhor e mais sábia opção.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Vultos de inseto

Quem é este?



Existência

Rascunho do Teorema acerca da existência:

# algo só existe se e somente se ele for limitado em um dado conjunto fechado bem definido.

# algo só existe se e somente se outros entes o reconhece.
## portanto este algo precisa pertencer a outros conjuntos.

# o ente existe enquanto sistema com regras internas bem definidas.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Nagual escuridão

A noite chama a escuridão,
Sob chamas estrelares,
Gotas respingam nos lares,
Noturna oculta paixão!
Revelando todos os mares...
E saudades sem sedução.

No breu escuro nos palmares,
Egos mexem as folhas de limão,
Vultos despertam a doce solidão,
Assustando luzes e cocares.

No espelho negro vejo não,
Apenas sinto o coração!
Vibrar imensos ares.
Somos, sou, és, são, sois.. Milhares!


Oração para a santa virgem (de inteligência) ignorância

Ignorância que estás conosco,
Seja vós a vossa burrice,
Venha mais e mais idiotisse,
Seja feita a tolice,
Assim como sempre,
O pão nosso vem do mercado,
Assim como o sonho vem da padaria,
Perdoai nossa burrice,
Para assim sermos inocentados,
Não nos deixai sermos inteligentes,
Tampouco discernir,
Ocultai toda a verdade sempre,
Amei!


Santa Ignorância tem poder!

As pessoas falam, dissimulam e protegem-se do 'mal', sem tampouco entender elas mesmas, no mínimo.. E viva a santa virgem (de inteligência) ignorância!!!


Novas idéias

Algum tempo sem atualizar de fato, mas aguardem as próximas postagens.


domingo, 8 de abril de 2012

A estória e mito da Dualidade



Sonhos mostrando a origem de tudo, elementos únicos, vindo de um único uno: O nada!
O nada, o absolutamente nada, tampouco o universo ou qualquer outra forma, não existiam. Era apenas o nada entrando em um paradoxo: o nada era tudo o que existia! Como podia o NADA ser TUDO, sendo ele tudo o que existia?

O NADA era também o TUDO! Para enfrentarem toda a contradição de ambos, eles se COEXISTIAM! Assim a COEXISTÊNCIA também surgiu, filho do NADA e de TUDO, reprimido pelo grande poderoso NADA e ofuscado pelo TUDO, ela, a COEXISTÊNCIA, fugiu da grande ganância, briga, dilaceração, e infinitos adjetivos incompreensíveis aos humanos, numa grande explosão buscando se expandir e trazer a paz à dualidade do NADA e do TUDO! Diante todos esses adjetivos insurgentes das eternas brigas do NADA e do TUDO, surgiu muita energia, como um motor que vai-volta, repele-atrai, negativo-positivo, dentre muitos outros nomes duais que sempre se referem à essência e origem do NADA e do TUDO.

Numa ilustração mais simples da interação NADA, TUDO e a COEXISTÊNCIA, visualize uma mandala cujo o centro, sempre, não tem NADA, mas tem ao redor uma diversidade de elementos da interação da COEXISTÊNCIA e do TUDO, em interações geométricas perfeitas mas carregadas de vícios que as limitam, trazendo a plenitude. Ainda tentando ilustrar a dualidade TUDO e NADA, imagine a mandala do yng-yang, carregando dentro de tudo o nada e o nada dentro de tudo, num eterno duelo de ambas.

Continuando a explanação destas origens, nomes e adjetivos foram surgindo, carregando sempre a contradição e a dualidade do NADA e do TUDO, criando muitos e infinitos seres mitológicos altamente energéticos, se ramificando e reproduzindo sempre, perpetuando a grande máquina e submáquinas energéticas que iam surgindo, numa transição como se fosse plasmática em séries infinitas convergentes para constantes uniformes, trânsitos seriais limitados, bem definidos, convergentes e belos, os primeiros elementos da matéria!

Em gases de altos níveis energéticos plasmáticos, a COEXISTÊNCIA tinha o livre arbítrio de fazer qualquer coisa contra TUDO e NADA, intensificando a briga dos dois elementos duais, assim surgiram as galáxias, formas de matérias insurgentes inidentificáveis e as estrelas! Assim a COEXISTÊNCIA, muito esperta, travava uma grande guerra contra o grande pai senhor NADA, trazendo toda a diversidade de coisas e seres povoantes para a forçar a insignificância do NADA! Essa diversidade não foi um golpe muito fácil, mas teve bastante apoio de TUDO que quase saiu vencedor dessa batalha, mas ele não podia se anular nessa guerra quase ganha, pois ele precisava do NADA para existir. Se assim não fosse, a grande vitória do TUDO acabaria no golpe do NADA!

Assim a diversidade da COEXISTÊNCIA não podia ser infinita tampouco convergente: ela oscilava em quase infinito, o TUDO, e quase zero, o NADA. Todos esses seres e coisas coexistentes, no fundo filhos ramificados do NADA e do TUDO, iam tentando acumular conhecimentos dos antepassados elementares, mas NADA, o opressor, faziam os seres e entidades regredirem, impedindo-os de atingirem qualquer plenitude.

A COEXISTÊNCIA procurava a ordem diante toda essa bagunça de alternâncias, por incrível que pareça desta vez com apoio de NADA, pois a ordem limitava a criatividade e qualquer outro golpe subversivo de TUDO! Graças a ordenação a expansão do universo estava mais uniforme os níveis de matéria mais complexas, apesar de existirem muitas outras, surgiram buscando a união contra as adversidades das duas grandes forças. Assim, por exemplo, numa galáxia denominada vulgarmente de Via Láctea, formava-se algumas aglomerações de prótons que infinitesimalmente, nesta já imensidão dentre tantas, estados moleculares via esses compartilhamentos e subpartículas, carregados em fluxos cósmicos diversos e aleatórios, procurando, de uma forma ou de outra reproduzir e tentarem elevarem-se nas ganâncias dos elementos primordiais.

As formas de reprodução foram diversas, mas muitos afirmaram que a mais primordial das reproduções era a cópia, ou também denominada clonagem. Assim um procurava copiar o outro, inclusive moléculas imbecis, contudo a cópia elementar traziam imperfeições nas suscetivas gerações de cópias, erros que se expandiam exponencialmente. Para alguns o erro era divino enquanto caminho para o acerto e reprodução da diversidade da COEXISTÊNCIA, e era necessário mecanismos pra evitar esses erros afim de preservar a existência da integridade. Um dos mecanismos adotados foi a comparação associada à cópia, como uma dupla fita hélice de DNA que copia uma à outra comparando-se e copiando múltiplas vezes, minimizando bastante os erros!

A reprodução portanto foi ficando mais complexa, assim surgiram também seres orgânicos de carbono, especialmente. Esses seres tinham a finalidade ÚNICA de reproduzirem, era talvez o principal motivo da existência dos mesmos. As células foram as primeiras reuniões destas matérias orgânicas organizadas e continuaram usando, como num passado remoto, objetos pontiagudos para competirem umas com as outras, armas letais, buscarem alimentos e até mesmo reproduzirem. Eram os falos que carregavam muitos significados e muito poder. Por outro lado os orifícios celulares eram onde os alimentos entravam e expeliam-se os dejetos, compatibilizando os pontiagudos objetos com orifícios por vezes em perfeitas penetrações multicelulares de múltiplas finalidades muito além do reprodução sexual, talvez comunicações. Desejos orgânicos egocêntricos de ordem muito superior e muito inferior, cujos seres pluricelulares copiaram os falos via pênis e membros e orifícios via ânus, bocas ou vaginas! A repugnante e divina dualidade da natureza manifesta e coisas tão banais, carregadas de muitos significados escondidos para qualquer nova ofensiva das guerras das dualidades cuja a COEXISTÊNCIA consciente buscava a paz!

Mecanismos, significados, diversidades, dualidades, entidades, trialidades... tantos nomes! Chega a ser difícil explicar que tudo isso tenha vindo do NADA...

Percebe-se que as máquinas e submáquinas geometricamente perfeitas destas origens continuam atuando em todo lugar em meio à paradoxos, carregando tudo, todos e transgressões destes elementos primordiais, duais ou trígonos que recebem muitas outras inúmeras denominações simplificadas e alegóricas: o TUDO, o NADA e a COEXISTÊCIA!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Ilusão

Imerso em coisas com significados, o personagem lê algo esperando mais algum motivo. A moça, a outra personagem, consome-se em mundos de títulos, signos e status, mundos paralelos efêmeros nos tragos, comprimidos e substâncias.

Ela tem vários sonhos e desejos, mas o fígado não suporta mais nuances de percepções cubistas alcoolizadas, nos cubos de imagens janeladas, trazendo alguma luz e outros mundos em paredes e móveis que a consome. Neste lugar, ela mantem elétricos sons ambientais ditatoriais, escondendo e censurando os sons ambientais de outros mundos naturais e pessoas figuradas próximas.

Comprimidos e fones a mantém inerte inserida nos mundos de latas cheias de gente transportadas e divisórias reparticionadas, sentada em frente a alguma tela luminosa, engenheira de mundos transfigurados em contratos, tabelas, imagens, gráficos de muitos significados!

Publicidades e verdades de mundinhos limitados cegam e minimizam os dois personagens, comprando a atenção dos mesmos por efemeridades, sustentando personificados e esgotando subsolos, inclusive superfícies, de vidas insignificantes por ausência de interação antropomórfica.

Ela, a moça, continua lá ou acolá, enquanto o outro personagem continua lendo outro mundo sem sentido. Há outros mundos solitários fora destes personagens, assim como há mundos coletivos delimitados em regras e tradições, como qualquer outro arquitetado para ser realimentado para durar séculos efêmeros ou segundos eternos!

O sangue destes personagens carregam softwares e scripts moleculares de sobrevivência e sexuais, sustentando desejos de novas interfaces de outros mundos! A moça mesmo, após receber alguns destes scripts, diz ao personagem leitor:

-- Incrível como uma só pessoa pode mudar seus objetivos, suas vontades e suas vidas: você mesmo!(Enquanto o resto é ilusão...)

segunda-feira, 26 de março de 2012

Mandala




Símbolo inspirador de ala,
Ajude-os a reencontrá-la!
Sentidos e ordens da vida mala,
Origens e convergências por pétala.
 
Números do tempo-espaço de gala,
Circular quadricular em sala,
Múltiplos de dois e três vão mandá-la,
Ao reequilíbrio de qualquer fala.
 
Vejas a expansão da vala,
O ninho hostil da coala,
Indefiníveis camadas de tala.
 
Indescritível, vá apreciá-la!
Jung sem entender foi estudá-la,
Eu sem saber fui amá-la.

terça-feira, 20 de março de 2012

Balé

O escritor amava a bailarina, uma escolhida dentre tantas. Mas a bailarina não amava o escritor, gostava mesmo do dançarino, que infelizmente não a amava. Fechando esse triângulo amoroso, o viril e forte dançarino amava o escritor, sendo este último amado também pelos leitores e leitoras. Mas o escritor amava somente uma pessoa: a bailarina.

A bailarina tercia belos e encantadores movimentos, girando e pousando no ar. A plateia admirava os movimentos aéreos dela, voando e retorcendo, segurada pela força do dançarino. Ele, o bailarino, desprezado pela plateia, pelo escritor e pelo leitor, sustentava a suavidade feminina da bailarina, dando vida aos movimentos que tanto o escritor descrevia.

O escritor era um inútil, apenas traduzia os expressivos movimentos das danças, expondo insensibilidades de todos para endeusar-se, enganando com inverdades os leitores e a bailarina que ele tanto amava, motivando-o nos textos e no coração, via ação das danças cotidianas. Assim a bailarina era o motivo da existência do escritor!

O dançarino invejava a bailarina pelo amor não correspondido do escritor. Desconhecido e ignorado por todos, ele sustentava todo o sistema, muito além da significância da bailarina. Ele já amou a bailarina quando a conheceu, mas o jogo de mentiras e intrigas gerou uma decepção amorosa profunda nele, até se apaixonar por aquele que tinha a atenção de todos, o mesmo quem escrevia e guardava profundos segredos, informações se reveladas poderiam arruinar todo o sistema de mentiras! Assim, talvez, esse amor ao escritor era apenas um desejo de poder, assim como as juras de amor públicas da bailarina era o medo dela perder o significado, a falta de amor próprio e a falta de valores muito além dos lucros das danças.

Ao leitor, apático e inerte nestas danças, como sempre e será, consumia e pagava por todas essas mentiras, desejando as famas dos lixos do escritor, assistindo tudo passivamente e incapaz de pensar que nas entrelinhas desta dança vocês, leitores, são cidadãs e cidadãos, enquanto o escritor (das leis) é o Estado, a bailarina são as empresas e o dançarino são os trabalhadores que sustentam as insensibilidades sem valores por um único valor...

segunda-feira, 19 de março de 2012

Egoísmo

Recebi uma mensagem especial de alguém afirmando que precisamos ser egoístas para enfrentar uma série de problemas cotidianos. Fiquei assustado com essa afirmação e pensei que várias pessoas tem se comportado por essa premissa, assim disserta-se um discernimento acerca do egoísmo.

Quando crianças nos primeiros anos de vida, alguns estudos denominam que a criança passa por uma fase egocêntrica (conforme psicanálise), permitindo a mesma diferenciar o ‘eu’ e o mundo exterior. Esse conceito preliminar de autoconhecimento vai amadurecendo ao longo da vida, junto com o conceito de mundo exterior com regras e pessoas que funcionam de certas formas, numa maturidade do egocentrismo, para o autoconhecimento, para o conhecimento ‘pleno’ e à cooperação, numa hierarquização dos quatro complementando os níveis mais elevados, algo muito similar ao conceito do índio mentor Don Juan de Carlos Castañeda em “A erva do diabo”, afirmando que o ser humano passa por quatro dificuldades: o medo por não conhecer, a clareza por achar que sabe muito, o poder por saber demais sendo inescrupuloso e a velhice. Certamente nem todos nem todos atingem as maturidades levantadas, inclusive observa-se regressões de fases anteriores mal resolvidas, por isso não acredito em condenar o egoísmo, pois o mesmo é uma fase de desenvolvimento, por isso todo o conhecimento é solução para superação e cooperação madura, justa e bem delegada de competências. Contudo cooperar não é necessariamente invasão de competências e liberdades dos outros, tampouco se desgastar por algo que não se interessa ou tampouco sabe. Claro de devemos sempre nos superar, mas diferenciar as coisas nos devidos lugares e finalidades, como é ensinado às crianças nos primeiros anos de vida é importante discernimento para a vida social e potencialmente cooperável.

Cooperar trabalhando mutuamente em prol de um objetivo comum, desenvolver projetos mais complexos, otimizando utilização de recursos disponíveis, com mais eficiência, eficácia, isso envolve conhecimento e criatividade para inclusive evitar injustiças e sobrecargas para certas pessoas.

Os piores exemplos de falta de cooperação sendo observados é a publicidade consumista contra o compartilhamento de recursos, falta de planejamento urbano em prol da especulação imobiliária para lucro de poucos, trânsito caótico com motoristas solitários ao invés da ocupação plena destes mesmos veículos, preocupação excessiva com o conforto à custa da sustentabilidade ambiental e social.

Quanto aos exemplos funcionais de cooperação há a internet com inúmeros fóruns de pessoas ajudando-se mutuamente, feiras de trocas de produtos e serviços locais e inúmeras instituições com causas e objetivos definidos. Contudo acerca destas instituições que trabalham com alguma cooperação ficam algumas, dentre muitas perguntas: A organização hierárquica garante a cooperação plena? Instituições baseadas na ignorância, em oposição ao conhecimento requerido na cooperação, como as empresas não-éticas, religiosas e governos, garantem cooperação plena ou vivem em regressões egocêntricas aos líderes? Somente o dinheiro garante a cooperação? Que valores deveriam nortear a cooperação? É necessária uma ordem ditatorial para cooperarem ou as pessoas de fato seriam capazes da autogestão?

Eutanásia

Os olhos comunicavam por códigos, traduzíveis palavras por poucas pessoas e uma enfermeira daquele hospital. Aos demais, duas piscadas para não e uma para sim diante perguntas sem direito à justificar, induzindo preconceitos e sentimentos de coitadinho.

A impotência de conseguir se mexer era incrível, qualquer outra parte do corpo era imóvel. O hospital público era cheio, inadmissível manter-me ali morto-vivo diante tantas pessoas com esperança de melhoras. Eu não tenho mais esperanças, mesmo diante promessas de células-tronco e novas terapias que tentavam em vão, mas havia uma idéia insistente que negavam veementes, apenas uma: um pneumococo. Todo incubado e dependendo dos outros para tudo, não há mais amigos ou parentes para visitar, minha clemência ao médico foi ouvida! A pneumonia encobriria no laudo cadavérico as complicações da parada cardiorrespiratória para apaziguar as demagógicas leis e religiosos andantes, aqueles que falam demais, prometem demais e são incapazes de sentir ou ouvir o que eu sentia!

Para então "curar" a pneumonia e a dor, uma mistura anestésica com potássio, em elevadas doses, aliviaram meu sofrimento para sempre! Sou grato ao médico que abreviou meu sofrimento e espero que outros doentes terminais, assim como animais de estimação terminais irrecuperáveis, tenham direito à dignidade e menos hipocrisia dos que não podem cuidar e prolongam o sofrimento.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Despertar para o pesadelo cotidiano

Disperso no tempo e espaço, sou mais um na multidão onírica da perseguição cíclica e desejos insaciáveis. Vou me enganado no pesadelo torturante indiferente do cotidiano, acordando em mundos de seres transcedentais.

Seres estes que me aconselham, me confortam, me ouvem, me acalmam.. Breves seres que sinto saudades e sinto todo o amor angelical do mundo, vão se no despertar para o pesadelo!

Desejo-vos, seres oníricos, que voltem e me adormeçam na eternidade! Sinto saudades de vocês, de vossas penas, ternuras, sutilidades... Deixe-me ao menos a memória para eu amar-vos!!

quarta-feira, 14 de março de 2012

O pastor de classe média que vendia seguros

Havia numa metrópole, diante tantas e tantos, um excelente vendedor de seguros dedicado e ao mesmo tempo pastor evangélico. Exercia bem as duas funções, graças ao Senhor (S/A), um megaconglomerado transnacional capitalista teocrático invisível, onisciente e onipresente, materializado na confiança de inúmeras pessoas jurídicas, títulos imobiliários, câmbios, apólices, títulos de capitalização, hedges, derivativos, ações, precatórios, debêntures e muitos outros títulos financeiros, mantendo, alimentando e sustentando a estrutura social vigente.

O pastor, como qualquer outro, entrou para o Senhor (S/A) como servo e cresceu um pouco dentro da eclesiástica complexa hierarquia empresarial pública da instituição, mais especificamente numa dentre tantas corretoras que vivia mudando de titulares e razão social, apesar de no fundo pertencer ao Senhor, que poucos mortais iluminados no mundo chegariam perto.

Enquanto corretor, o lema dele era: ‘O Senhor é meu pastor, e nada me faltará (se eu atingir as metas!)’. Assim aprendeu rapidamente a resolver todos os males das pessoas e dele (principalmente). Com o mesmo terno que vendia seguros, e que de dois em dois anos se candidatava, ia direto aos cultos pregar para se libertar, garantindo aos fiéis a salvação, proteção, a fé e a esperança que o Senhor daria tudo às pessoas no momento certo e na hora certa, além de que o Senhor tinha promoções e condições especiais no final de mês de batimento de metas.

Ele, o corretor e pastor evangélico, era um mestre na arte da persuasão, sabendo abordar as pessoas sempre com uma estória para acalmar e comprar a atenção, num carisma incrível, que contagiava as pessoas a assinarem sem perceberem todos os tipos de apólices de seguro. Mês passado mesmo ele aproveitou a moda dos filmes e seriados de vampiros e zumbis, tornando-se até o momento o maior vendedor de SEGUROS REVERSOS DE VIDA, aqueles que pagam ou debitam caso o finado ressuscite, uma segurança para aqueles que desejavam certos indesejáveis mortos, por exemplo.

Os opositores que o pastor enfrentava eram denominados demônios, sejam os concorrentes, ideias, produtos, pessoas subversivos às vontades dele e do Senhor, pois estes ameaçariam todo o sistema e hierarquias instituídas! As sessões de descarrego eram excelentes para converter demônios em servos, numa eterna guerra santa de lucros atuários elevados e caça às bruxas sem precedentes, que evitou crises financeiras piores com desemprego em diversos lugares do mundo, principalmente os que se revoltaram com o Senhor, inclusive nos países ditos desenvolvidos!

Assim, graças à ignorância e ao Senhor, o pastor corretor seria feliz para sempre!

terça-feira, 13 de março de 2012

Under hart sonnet

I had the first on your mind
About it, there isn’t a cost
Somewhere, you must be mine
But now, there is only dust!

I’m not very fine,
We was on the lust,
With drinks, likely wine!
Now, I’m the last!

I hope in your line,
Alone in our dine,
Under Christmas pine!

I have been lost:
Without me, you, trust…
We end on the time!

segunda-feira, 12 de março de 2012

O silêncio

Vozes soam no espaço
Vendem e persuadem o aço
No espectro em estardalhaço,
Ecoa áudio mecânico por traço

Agudo ausente não faço,
Graves terrestres por almaço
Pequenos seres impõem-se por cabaço,
Impõe à natureza o borbulhaço!

Fracos ouvem ao mormaço,
Fortes falam e gritam ao maço,
Poluentes podres poderes não caço!

Diante tantos gritantes ao braço,
Resta-nos o poder do abraço,
E o poderoso silêncio, em pedaço!

Espectros

Eis o presente campo magnético
Vetorial geometricamente amperimétrico
Multicolor fractal dielétrico
Órbitas girantes em campo teórico

Torcem gases, espaço e tempo volumétrico
Na presença do corpo quântico,
Corpo-partícula não retórico,
Oscilam nanohetz gigamétrico!

Gases caóticos ou é submetacêntrico?
Nuvens, fumaças, agás... Tudo genérico!
Gravitam oscilóides ou geométrico?

Gravidade de frequência baixa não é onírico,
Campestre paramétrico metafórico!
Brilhantes radiações ou só um alegórico?

quinta-feira, 8 de março de 2012

A vida começa a fazer sentido quando se luta por ela

Qual é o sentido da vida? Essa e outras perguntas existenciais sempre fizeram parte das pessoas em várias sociedades e tempos, tendo respostas plausíveis diversas e neste texto da série 'praticando redação com textos dissertativos argumentativos', discerne-se a frase do título como resposta plausível desta questão existencial.

Luta-se para sobreviver independente das circunstâncias que provocam conflitos, levando vários seres vivos à competição, colaboração, defesa, preparos, aperfeiçoamentos, parasitismos e muitas outras relações ecológicas. Com a sociedade humana segue da mesma forma, dentro e fora, onde conflitos e mudanças provocam mudanças significativas ou sutis nos indivíduos.

Diversos outros autores tem apoiado o conflito como forma de aperfeiçoamento como o biólogo Jean Piaget dissertou sobre a 'desequilibração', dificuldade do aprendiz no problema sugerido até aprender por superação do problema, e o psicólogo Roberto Shinyashiki no livro “Problemas? OBA!”, dissertando acerca das oportunidades que os problemas nos trazem em diversos âmbitos.

Assim luta-se para superar dificuldades que geram aprendizagens, colaboração e construção de coisas mais complexas. Vitórias ou derrotas são relativas nestes conflitos, perdendo quem não conhecer - daí vem o contexto do significado do ignorante - ou não tiver sensibilidade para as oportunidades, como também até saber abdicar fatos e coisas conflitantes em prol de outras n opções oportunas, respeitando a diversidade de orientações também viáveis, a preferência por coisas renováveis para evitar abruptas rupturas de paradigmas, preferindo-se a transição de paradigma mais pacificamente, e reconhecer as sutilidades de liberdades de outros seres para também ser respeitado.

Sem lutar a vida artificial fica monótona ou simplesmente impossível de existir por ausência de condições mínimas, por isso lute por ela, seja ela quem for: outra vida, coisas, causas, circunstâncias, ideais, soluções, alimentos, condições dignas de sobrevivência, direitos, dignidade, cooperação, amor, paz, saúde, prosperidade, etc. Não se sinta culpado se perder, orgulhe-se da derrota enquanto aprendizagem e significação da mesma para a vida!

Encontrou?

sexta-feira, 2 de março de 2012

Financiamento da indústria criativa

A arte que liberta e salva, por mais ‘gratuita’ e ‘genuína’ que seja, precisa ser financiada, pois necessita de pessoal e insumos. Por isso a economia, ciência que estuda também os meios de produção humanos, pode explicar a criatividade enquanto poder transformador dos insumos brutos em bens, agregando valores imateriais e materiais aos produtos e subprodutos humanos, atendendo também as necessidades existenciais, autoestima, segurança, fisiológicas, conforme a tabela de necessidades de Maslow. Há também aspectos ideológicos em virtude dos meios de financiamentos que serão tratados mais adiante.

Precisamos e temos direitos de produzir, em primeiro lugar, e consumir subprodutos da indústria cultural, seja em qualquer modalidade elementar ou industrializada: teatro, cinema, pintura, literatura, música, escultura, arquitetura, design, softwares, jogos, dentre outros. Contudo algumas destas formas de artes precisam de intensivo financiamento de materiais e sustento aos produtores, com investimento inicial sem retorno imediato, como qualquer outra atividade econômica, para depois se vender a ‘obra’ em si ou os direitos. É um modelo limitado e obsoleto que não atende necessariamente realidade atual por vários motivos, dentre eles cópias digitalizadas dos recursos multimídias, da internet de essência livre, com antagonismo comercial: a arte de fato que nos ‘libertaria’ é privativa na internet livre, inviabilizando financeiramente, em teoria, a produção por diversos autores e coadjuvantes.

Assim sugere-se ‘modelos’ comparáveis de financiamento culturais adaptadas às realidades dos autores, financiando durante, antes e depois da produção, isto é, financiar obras no passado, presente e futuro. Como é e como pode ser isso? Que impactos há em cada forma? Vejamos algumas potencialidades:

- venda de obras materiais: é a mais comum, pode infelizmente ser descaracterizada ou escondida pelo novo proprietário e nem sempre é rentável.

- venda de direitos de obras imateriais: válida também aos recursos multimídias, pode ser uma venda antecipada, de algo à ser feito ou no presente. Tem essas e outras vantagens, contudo passível de censuras pelos novos portadores dos direitos e muitas vezes até esquecidos antes de entrarem em domínio público, como tantas músicas, filmes, livros e até mesmo softwares sob monopólios de grandes e tendenciosas gravadoras, distribuidoras e editoras.

- financiamento estatal direto: atendendo ao ‘interesse público’, verba pública paga obras encomendadas ou algo que já esteja encaminhado. Envolve burocracias de atender requisitos de editais e infelizmente interesses políticos que interferem ideologicamente nas obras artísticas materiais e imateriais.

- financiamento estatal indireto: o Estado garante à certos povos certos direitos e deveres, estes que dão suporte inicial para realização de obras. Assim, quando o Estado garante educação e acesso aos recursos do meio ambiente, os autores podem usufruir de recursos derivados deste, como escreverem por saberem ler e escrever.

- financiamento privado: altamente rentável financeiramente e passível de ser realizado à qualquer tempo. Somente obras que atendam a necessidade do cliente privado são viáveis, portanto com alta interferência ideológica nas obras por parte do ‘cliente’, portanto altamente questionável.

- financiamento privado ‘laranja’: pessoas e instituições às vezes devem favores umas às outras, então promovem as obras de umas e outras com intuito de pagar os favores, não necessariamente os direitos das obras. Assim explica-se, por exemplo, vários ‘bests sellers’ sem conteúdo, jornalistas defendendo causas infundadas, e muitos outros exemplos.

- uso de recursos naturais: a humanidade sempre usou e usará, enquanto houver, elementos residuais como pedras, pigmentos naturais, restos de animais, minerais, lixo, reciclagem, fazendo, por exemplo, cocares, pinturas rupestres, palco para atuar e muito mais. A criatividade é o limite para obras apoiadas diretamente por recursos naturais, sendo possíveis, sem anular a arte, tecnologias para a eficiência da finalidade artística, como o caso da confecção de instrumentos musicais precisos com materiais relativamente simples. ‘Financiar-se’ pela natureza é uma das formas mais neutras de influências ideológicas, exceto quando a exploração dos recursos naturais não é sustentável.

- propagandas associadas à obra: sejam comerciais na tevê, em alguns softwares que usamos ou na rádio comercial aberta, torna todo o conteúdo vinculado ‘grátis’ ao usuário, contudo tem elevada carga ideológica nitidamente vinculada às obras publicadas.

- ‘merchandising’: similar ao anterior vincula anúncio dentro da obra, afetando explicitamente as mesmas, seja no cinema, musicais, e nos softwares também.

- doações sustentáveis: quando os financiadores são múltiplos, sejam pessoas ou instituições, pois quanto mais diversas as fontes de doações, mais potencialmente saudável em vários aspectos é este financiamento, inclusive quanto às influências subtendidas nas obras produzidas, os patrocínios.

- associações e cooperativas: autores se reuniriam para produzir e dividir custos juntos. Pode e já funciona, é pouco divulgado, pode aproximar mais as pessoas produtoras-consumidoras, sendo, portanto potencialmente mais saudável.

Estas sugestões são passíveis de críticas por não estar ‘completo’, pois pretende exatamente levantar discussões e aplicações sustentáveis na produção artística seja por qual meio for. Nem toda produção cultural é realmente arte, por não ter princípio libertário e muita ideologização de financiadores.

Sentidos transgredidos

Espectros violetas multicolores
Fractais violentos e de amores
Mandalas como pétalas de flores
Sons naturais remixados sem favores

Cheiros surreais agradáveis de cores
Tateiam fluídos sólidos e bolores
Palatáveis, por que se tu fores,
Vão se, sei lá, as dores!

Memórias vão e vêm infratores
Como se houvessem mentores,
Confusas cores ideológicas com odores!

Jurema, rainha, mariri, yapó: acolhedores!
Wachuma, cubensis, São Pedro... Atores!
Xamãs sem deuses, sem roedores e transgressores!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Idealismo morto

Cacos de quartzos pelo chão em sismo
Pântanos úmidos cheios de vida
Sucessão infinitas de beleza e niilismo
Natura perfeição da busca por comida

Visitar-vos renova o meu comodismo
Por aceitar tanta hipocrisia suicida
Injustiças, brigas, impassibilismo!
As dissimuladas, mentirosas, insossa ferida...

Revolto-me com às humanas e o fanatismo
Volto-me ao natural reprodutor comensalismo
Vida e morte, não ao eterno antropocentrismo!

A morte me vai bem, além dualismo!
Já chorei, sorri, cresci, vivi... basta de egocentrismo!
Não preciso mais viver, suceda 'belo' humanismo!

Democrática

Droga moderna teocrática
Sinos, signos e edifícios de mica,
O poder não modifica,
E o preconceito fica!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Hormônios

Homônimas substâncias da vida decente
Sensações e emoções que se lida diariamente
Nascem-nos e nos crescem sabiamente
Dominam e controlam a mente

Depressão, transtornos e ânsias temporariamente
Estresses e dosagens, geneticamente da gente
Pois, meu caro leitor, antigamente
Sentidos e reprodução agiam normalmente!

Corpos glandulares no poder da semente
Fazem, agem, aceleram... Acalmam arduamente!
Orgânica química é a vida quente

Você não tem vontade própria, carente!
Sem sentido a vida, quer reproduzir somente
Substâncias e sentidos: a morte é coerente!

Texto dissertativo-argumentativo acerca da teologia do respeito e democracia (censurado)

O respeito, de tudo e de todos, é mais sagrado que qualquer religião, deuses ou doutrinas, o que requer mais conhecimento ‘do neutro’, mais respeito ao próximo e ao próprio.

Respeito não é hipocrisia, um favor ou uma tolice. É na iniciativa imediata independentemente de ‘culpados’, reconhecer que nós, enquanto seres sociais, precisam do próximo integro para que cada um de nós sejamos integrados e respeitados neste mundo complexo, inter-relacionado, seja pela misteriosa natureza que nos circunda. Respeitar também é reconhecer que estamos em uma plena ou não democracia, requerendo entendimentos entre minoritários e majoritários, muitas vezes ou sempre apoiados por "sacerdotes" diversos para reforçarem o poder, seja numa teocracia islâmica ou em seus sistemas judaico-cristãos do mundo ocidental.

Democracia, portanto requer alguma diversidade de formas e opiniões, naturalmente cabível. Assim, mais que achar doutrinas como o ateísmo o "salvador da corrupção ignorante cristã", podemos e temos leis em alguns lugares que permitem a liberdade de cultos e pensamentos. Nem sempre nos tornam melhores por nos termos permitido conhecer nós mesmos, o próximo e somar esforços. Essa assimilação quase nem sempre é simplista quanto parece, pelas trocas de acusações recíprocas, perdendo quase sempre os minoritários e os próprios escravos (fiéis) de todas as doutrinas.

O contrário de democracia é tirania em nome do poder, com paradoxo de recursos tecnológicos e ignorância, cujos inúmeros exemplos de violências ocasionadas pela ignorância desrespeitosa e tirânica são: extermínio de nativos americanos, massacres étnicos, santa inquisição, estupros em massa, movimentos neofacistas, consumismos excessivos, guerras santas, miséria, epidemias ‘divinas’, censuras, matança de animais (e humanos!) inocentes e outros, evitando mensurar vítimas e acusados mutuamente recíprocos.

Humanos precisam ser reconhecidos e tem necessidades diversas, cuja liberdade segundo Kant é algo como ‘liberdade é impor limites próprios e segui-los, sem esperar o limite de fora’. Logo é possível integrarmos às diversidades dos ecossistemas, mesclar tradição e modernidade, reconhecer as coisas com menos antropocentrismos e somar esforços, apesar das divergências que precisam ser estudadas para trabalhar-se as ignorâncias. Ser pacífico não é necessariamente ser fraco, e ser forte não é simplesmente ter mais fieis e desprezar o resto! Para ser forte e digno de respeito, é preciso respeitar, sejam pessoas ou seres vivos. Já as instituições não são dignas de respeito, pois não garantem o respeito mútuo.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Poder

Vós não vos conheceis
Vós qualquer coisa acatais!
Vós não tendes ideais
Vós não vos mereceis

Vós precisais de reis?
Vós amais as leis?
Vós, segundas pessoas dos plurais
Vós não vos existíeis!

Nós existimos, vós jamais!
Eu estou escrito, vós concordais?
Tu lês, assim vós existis mais?

Multidões, vossas excelências legais
De líderes precisais?
Precisam, pois vós sois ‘normais’.

Éter


Ela a dor cura,
O reagente satura,
Trata a loucura,
Inspira a doçura,

Volátil combustível ou ternura,
Infantil, viril ou fissura,
Éter, quinto elemento da mistura,
Assume formas de armadura

Em fumaça quase impura
Ela nada jura
Em licor, pratica usura

Amado éter que não dura
Celeste lua que fura
Na falta, que se mura!

Ave, ave!



Voam sob montanhas retangulares
Aves múltiplas pelos ares
Pardais, rolinhas, andorinhas dos mares
Colibris, bem-te-vis e pombos em pares

É verão bucólico urbano
Lagartas alimentam-nas todo ano,
Salvando medrosas em seus lares
Inspirando boêmios em seus bares

Montanha espelhada não sofre dano
Por aves enganadas em vôos angulares
As varrem, por arquiteto insano!

Em gaiolas cobertas por cocares,
Em banheiros de populares,
Foram roubadas pelos humanos czares!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Só quem esteve no inferno sabe o que é paraíso

Estou com muita dor. Umas dores eternas. Sensação indesejável, a pior que já vivi. Dores intermináveis, sensações, ódio, raiva, medo. Recordo de várias lembranças vagas, mas não lembro porque estou aqui e tampouco sei onde estou. Memórias se vão em flashes rápidos, tão rápidos que parecem uma luz contínua. Não consigo me mexer, mas consigo flutuar. Não consigo acordar, mas consigo vagar. Já estou desistindo, isso me faz sentir melhor: Eis que surge uma paz instantânea! Desejável à amigos e parentes. Acho que eles estarão bem. Não tenho mais noção do que é ver alguma coisa, mas a paz continua mais intensa, sensação muito boa em relação à algum tempo. Não sei o que é tempo, parece tudo tão eterno e constante! Não sentindo mais nada, sem mais sentidos, sem mais luzes, sem mais dogmas... Estou livre!

!

Os homens que se amavam

A cúpula secreta estava reunida, somente de homens, de várias idades e convicções. Tudo era comunicado em hierarquia, em códigos, condutas, olhares, favores de todos os tipos. Os que se revoltavam, geralmente os mais jovens e inocentes eram punidos de formas sádicas e sumariamente, para imposição das lideranças.

Os varões da sala secreta contavam comédias sem graças, faziam leis, cometiam calúnias, mentiras, impunham vossos poderes e prazeres, para satisfazerem-se.

Sim, todos lá se amavam, mas não sabiam o que era amor. Amor não enchia barriga, mas controlava todos os objetos femininos e masculinos submissos. Era uma ilusão aperfeiçoada geneticamente, também inventada pelos sacerdotes, poetas e publicitários, que já se foram das demais salas ocultistas, sejam elas escritórios, salas, mosteiros, saunas, bibliotecas, câmaras, lojas maçônicas. A perversidade masculina era mais real que o amor, por isso a idealização do amor, inexistente, era feminino e criador, enquanto o mal eterno era destruidor, metaforizados por demônios com longos, grossos e brasantes tridentes que passavam por vários ânus.

Por séculos esses homens secretos foram e serão assim, mudarão de endereços, mas serão os mesmos. Fazem eternas sucessões e lutas, representados por obeliscos, prédios grandes e compridos, espadas, armas e todos os objetos pontiagudos feitos pelos homens e para os homens perpétuos, pois os homens se amavam muito: o próprio ego. E nada mais.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A falta


Sempre que escrevo algo dito “literário”, deixo faltando algo: ausência de personagens, carência de detalhes dos personagens, pobrezas de objetos, de formas, de motivos, de finalidades, de competências, de emoções e por aí vai. Não que essa ausência de “algo” seja apenas deslize, mas também proposital por vários motivos.

Ninguém e nada que conhecemos é completo, pois se assim fosse, não precisaria existir ou manifestar existência. Seria tolice, diante tantos seres e coisas do universo que são incompletos, se esta entidade completa se manifestar, pois seria cobiçada pela própria natureza de buscar o equilíbrio e completude, abusando-se de algo que já está integro e não sendo mais.

O ser humano tem inúmeras carências também, e para supri-las busca quem ou o que tem excessos, seja um rio para saciar a sede, uma pessoa de bem com a vida para amar e magoar, drogas para curar algo, a religião para a falta de vontades orientadas, a sociedade para suprir e sugar. As faltas não são tão ruins, provocam trocas, movimentos e trazem riquezas de todos os tipos de valores materiais e imateriais, apesar de eventualmente ameaçar a existência. A oscilação de baixa e alta faz tudo funcionar, desde um motor até um coração. Questões como ser ou não ser, ter ou não ter movem as pessoas, as sociedades e as coisas também.

Acredito que a dualidade contraditória entre excessos e faltas é essencial para atingir a completude, assim como átomos compartilham-se para tornarem moléculas ou elementos constituem-se para formarem conjuntos. Não fique triste se te falta algo, mas privilegiado por estar vivo para compartilhar e simular completude, ou, como eu, na falta de leitores, escrevo o que me falta e meus excessos com menos pudores. É na falta que as pessoas valorizam. E você, o que lhe falta?

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Conto: Qualquer semelhança ficcional é mera coincidência

Lá estava a funcionária pública: parada pela burocracia, inerte pelo poder hierárquico, apática pelas causas ditas sociais. Ela tinha mais inimigos que amigos na repartição, típico de mulher divorciada de meia idade e de outro estado naqueles escritórios burocráticos.

Vivendo numa bucólica cidade, amando os gatos do antigo apartamento recém adquirido ‘perto’ da autarquia, ia todos os dias ao trabalho de carro importado, sob longas prestações. Para estacionar, assim como os demais colegas de trabalho, ela recebia auxílio de uns flanelinhas traficantes subempregados para estacionar nos floridos canteiros e calçadas da cidade bucólica, afinal faltavam estacionamentos, pouco importando os cadeirantes ou pedestres que por alí passabam.

Ela dizia que todas as mazelas da cidade, falta de estacionamentos, falta de segurança, bueiros entupidos de panfletos de grevistas e tudo que era de ruim daquela cidade eram culpas do governo. Ela tinha esquecido que também era parte infinitesimal do governo enquanto funcionária pública.

Endividada pelas inúmeras prestações apesar do elevado salário, ela vivia frustrada, bebendo, sob inúmeros atestados médicos. Isso a motivava a desrespeitar mais as leis e ajudar no sindicato por greves de aumentos de salários, pois a vida perdia motivo nos anos que se passavam, por isso viajou mês passado.

Voltando das férias agora em janeiro depois dos reencontros com a família no longínquo estado de origem, estava ontem dirigindo sob fortes chuvas de verão pra retornar ao trabalho, já mais recuperada e motivada. De tão motivada, o carro não freou e bateu na traseira do ônibus.

Jaz carro importado. Jazem dívidas. Jaz funcionária pública. Mais um concurseiro feliz para ocupar a vaga dela e continuar a mesma história, sob hipocrisia e insensibilidade de todos.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Decadência

Rio da própria desgraça
Frio daquela mordaça
Rio da desgraça alheia
Frito e esperneio na feia
Rio da comédia sem graça
Tito, morto na praça
Rio decadente por pirraça
Mito de sangue na veia
Rio, rio muito da véia
Quito em terremoto sem ceia
Rio, sem motivo e trapaça
Fito e entedio na massa
Rio, rir me faça!
Grito ouço na teia
Rio de burro, leia!
Pito fumo e faço garça
Rio mais na cadeia!
Dito morte, perdeu a graça.

Fictícia

"Cansei, cansei de tudo isso!" Dizia a donzela. "Estou cansada de viver, cansada de sofrer, cansada de ser abusada, trabalhar que nem uma escrava! Não aguento mais, quero me libertar!". Dizia a fictícia personagem.

Quem era ela? Quem ela foi? De onde era? Por quais motivos tantas revoltas?

Em meio a multidão, ela não existia e sofria por isso. O autor, caridoso com a personagem, deixou-a dizer a última palavra: "Adeus".

Minimizando o sofrimento dela, num ato mortal e imoral, acabou com todo o sofrimento dela, matando-a, nunca mais escrevendo nada sobre ela. Logo a dor ficou ao leitor.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Teste no celular

Apesar da audiência baixa no blog, foi ativado o adsense ao blog: remunerador por anúncios. Será que vale a pena? Pretendo avaliá-lo.