sábado, 27 de julho de 2013

Morte do ego

Transmutação revolução,
Limitação sem solução,
Situação de aniquilação:
Ser sublimação,
Ser fermentação,
Ser dilaceração,
Ser calcinação,
Ser diluição,
Purificação sem ilusão,
Semente ser mente decisão,
Sente ação sem posição,
Vazio vão, vaga imposição,
Por integração,
Por imaginação,
Por união concessão,
Por unificação:
Tudo e nada intervenção.

Angústia

Pelo que fiz,
Pelo que não fiz,
Pelo que sou,
Pelo que não sou,
A fragmentação,
A totalidade,
A presença,
A ausência.
Consciência inconsequente,
Inconsciência ciente:
Do risco é viver,
Da verdade ser,
Do crime por fazer!
Não vou,
Não sou,
Guardo seu gueto,
Segredos,
Soberbos
Torpedos.
Ou cedos?

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Verdade máter

Discursos enrolados,
Controlados dilacerados,
Ultrapassados antepassados,
Situação de exclusão:
Manipulados em manifestação,
Enganados pela constituição,
Fardados em contradição,
Pela antítese em ação.
Calçados em gritos de emoção.
Cassados pela contemplação,
Convencidos calados,
Puxados alados da limitação...
Calados ou falados?
Limitados desarmados!
Da vaga revolução,
Na regressão do tempo humilhado:
São senados safados,
Fundação de injustiçados,
Mandados rasgados,
Escriturados e grilados.
Mergulhados, molhados e mudados.
Contudo...
...Não existe verdade no mundo da ilusão.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Senhor Estado

Grande senhor de mentiras e calúnias,
Antítese da verdade individual,
És ti, irmandade protetora,
Dos tributos e impostos desviados,
Pleonasmo de saqueadores eleitos!

Oh grande irmão que vigiai seus cidadãos,
Construa papéis de títulos falsos,
Escravize seus nativos,
Com amor é ilusão dos seus filhos que vão à guerra.

Sejas senhor de conquistas doentias,
Concedas direitos adquiridos aos nobres mafiosos,
Alimentando os egos daqueles mais ricos a cada dia.

Mate mas escondas o cadáver,
Roubas mas finja caridade,
Erres e não assumas.
Atribua ao povo apenas vossas culpas,  delitos, escolhas mesquinhas:
Em nome do povo,
Para o povo,
Foi o povo que quiz!

Anarquistas, vós sois Estados!
Matem vosso pai Estatal para reinarem-se!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Silêncio

Eu acredito

Eu acredito no único grande César rei-imperador-pai, perfeito uno alado todo poderoso, que tudo fez e tudo faz, criador do céu e da terra, clamado por mais de 72 nomes o mesmo senhor, inerte na burocracia da transgressão dos mundos dos céus.

Eu acredito no grande espírito mágico santo, que simplesmente faz por sacrifícios, palavras mágicas e porções. Grande espírito feminino contido em tudo, todos e além,  livre e sem dogmas.

Eu acredito na razão atéia, positivista, que faz tudo pensado, logicamente, após muito trabalho e dedicação do filho do grande pai. Razão que tudo pode fazer: regime político com auto gestão, cooperativas, máquinas, etc. Basta transformar idéias simuladas e testadas com a devida matéria prima para tudo ser feito!

Eu acredito que tudo é falho, que é preciso ponderação (sugestões do arcano Temperança), avaliação e desobedecer aquilo que  autoritariamente é considerado certo. Há inúmeras formas de acreditar e fazer, não apenas uma ou três, diante tantas camadas acima e abaixo da consciência. Até o grande senhor único é bobagem para aqueles presos aos limites do ego.

Eu não acredito em nada, tampouco nisso ou em mim mesmo. Não ouso convencer alguém acreditar em alguma esquizofrenia de fé. Cada um é mestre de si mesmo. Amém.