sexta-feira, 21 de junho de 2013

Golpe romano para o banquete dos deuses

Mataram a imperatriz! Como podem, diante as festividades do coliseu romano recém-inaugurado golpearem um chefe de estado? Logo a imperatriz, uma excelente guerreira metódica que estava colocando ordem no nosso “honesto” senado romano? Como pode tanta maldição entre a linhagem dos imperadores romanos? Por quê a sede de poder manipula as pessoas, principalmente os poucos de tanto poder descentralizado e delegado?

Tudo bem que nossa imperatriz não era tão bela e nem muito carismática, mas ela advinha da linhagem de guerreiros que derrubaram os imperadores tirânicos e estava trabalhando com muito esforço e determinação para elevar nossa República romana à outros patamares! Pode até ser que os generais, sucessores, senadores e ministros dela não sejam lá muito confiáveis e até tenham ligações golpistas com nossa falecida majestade. Francamente, não entendo tantas ironias do destino!

Nossa imperatriz queria alegrar os servos e escravos da nossa "majestosa república", num belo circo arquitetônico, numa arena de leões, palhaços e quem sabe alguns sacrifícios aos deuses. Rapidamente terminado esse batizado Coliseu, a ganância do semideus Afif permitiu apenas a elite imperialista assistir nosso último circo montado! Tanta ganância para nossa imperatriz ser vaiada!

O deus da guerra Marte tramou um golpe do destino para a nossa imperatriz. A população está continuamente sendo enganada por boatos, perdida em dívidas e sem poder comer o sagrado caviar matinal, pois o mesmo está mais caro e escasso.

Nossos portos estão sendo invadidos e controlados por estrangeiros. Nossas louças são todas orientais, trazidas pelos protegidos traficantes e ladrões do deus Mercúrio. Nossas pedras e metais preciosos estão sendo saqueados por corsários, alimentando as vaidades da deusa Vênus. Por céus, grande senhor Júpiter, por quê tantas injustiças, calúnias e furtos? Vossos soldados pagos pelo povo trabalham para os deuses?... Como assim, foi castigo de Pã por nossas vaidades e ganâncias?

Então perdoai-nos grande senhor das florestas Pã por nossa ganância de sempre querermos mais e mais, destruindo suas florestas e nossos leitos de rios. Por favor Pã, senhor também das chuvas e das terras férteis, devolva-nos nossa imperatriz, não deixe seu irmão mago tirano Michel temer sua força! Nós não jogaremos mais lixo nas ruas tampouco no lago e reciclaremos tudo antes que o senhor nos recicle em fogo e dilúvio. Se assim for, o deleite dos prazeres das ninfas e sátiros voltará a reinar no nosso povo.

E que Baco volte e seduza os ignorantes com a verdade quando todos entenderem nossa Imperatriz traída. Mas não nos deixe cair na tentação do poder fácil e sem trabalho algum. Que as sete virtudes salvem nosso povo! Que a moderação e a temperança governe os quatro cantos do mundo! Mas se a morte for a esperança do despertar da consciência coletiva, nós acreditaremos.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Vinhos

O que diferencia o vinho das almas e o vinho do Dionísio? Um é fermentado e o outro é cozido?

Ambos celebram enrustidos bacanais, apesar de guardarem muitos dogmas: de mensagens vomitadas com fecais conteúdos.

Celebram, acima de tudo, as duas eternas vidas efêmeras de Dionísio, morto semideus herói e renascido mais um deus do olimpo.

O trabalho solucionado de ambos os vinhos, de frutos, folhas e troncos dilacerados durante dias, servem aos cálices em poucos segundos! Sob seus efeitos, dilaceram-se preconceitos e moralismos!

Ainda sob efeitos, imbecis contemporâneos bailam músicas idiotas de sentidos transgredidos, mágicos e positivistas, nos três sentidos das fés! Que poderes guardam tão hostis vinhos? Elixir da vida eterna? Conhecimento sobre você mesmo em pedra filosofal lapidada? Riquezas?

Segredos... Palavras tolas para sensações shakesperianas: "Horácio, há muito mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia".

Perguntas e respostas: face to face by Jung

https://www.youtube.com/watch?v=69V9A6xgDMg&feature=youtube_gdata_player

Vídeo fornecido por terceiros relatando, nas próprias palavras do psiquiatra Carl Gustav Jung, questões sobre a morte e inconsciente coletivo.

domingo, 9 de junho de 2013

A falha

Culpa, vergonha ou pecado?
O erro, o estragado, o prejuizo?

A escala coletiva da perfeição fabril, guardam crimes:
Aquele que ganha explorando os outros,
Aquele que trepaceia para atingir metas,
Aquela que camufla os documentos,
Aquele fiscal corrupto.

Tudo normal, igual e certo.
Linha de montagem perfeita,
Fluxo constante, roda oscilante.
Todos com a perfeição do mesmo!

Mas acharam o erro,
Divino erro,
Peça diferente dos fascistas!

Erro belo por ser exótico,
Erro por ser diferente,
Erro quase impossível!
Grande salvador dos escravos!

Revele, o grande erro,
A imperfeição da aparente perfeição!
Fuja dos tiranos senhor erro,
Salve a verdade destas mentiras,
Eles vão te matar para reinar a perfeição!
Revele-se grande contradição!

Oh senhor revelador,
Revele sua falha,
E seu grande equívoco:
Aos ignorantes!

Tempo Cronus

O tempo é uma rocha oscilante,
A onda do mar,
A ordem do caos.

O tempo é eterno,
A existência é finita,
Eventos efêmeros...

Tempo do tempo do tempo,
Infinitamente tempo,
Times, clocks, pulsos, batimentos..
Derretem de tanta energia finita!

A matéria deformada no tempo,
Perfeição lapidada!
Dê tempo ao tempo.