segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Idealismo morto

Cacos de quartzos pelo chão em sismo
Pântanos úmidos cheios de vida
Sucessão infinitas de beleza e niilismo
Natura perfeição da busca por comida

Visitar-vos renova o meu comodismo
Por aceitar tanta hipocrisia suicida
Injustiças, brigas, impassibilismo!
As dissimuladas, mentirosas, insossa ferida...

Revolto-me com às humanas e o fanatismo
Volto-me ao natural reprodutor comensalismo
Vida e morte, não ao eterno antropocentrismo!

A morte me vai bem, além dualismo!
Já chorei, sorri, cresci, vivi... basta de egocentrismo!
Não preciso mais viver, suceda 'belo' humanismo!

Democrática

Droga moderna teocrática
Sinos, signos e edifícios de mica,
O poder não modifica,
E o preconceito fica!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Hormônios

Homônimas substâncias da vida decente
Sensações e emoções que se lida diariamente
Nascem-nos e nos crescem sabiamente
Dominam e controlam a mente

Depressão, transtornos e ânsias temporariamente
Estresses e dosagens, geneticamente da gente
Pois, meu caro leitor, antigamente
Sentidos e reprodução agiam normalmente!

Corpos glandulares no poder da semente
Fazem, agem, aceleram... Acalmam arduamente!
Orgânica química é a vida quente

Você não tem vontade própria, carente!
Sem sentido a vida, quer reproduzir somente
Substâncias e sentidos: a morte é coerente!

Texto dissertativo-argumentativo acerca da teologia do respeito e democracia (censurado)

O respeito, de tudo e de todos, é mais sagrado que qualquer religião, deuses ou doutrinas, o que requer mais conhecimento ‘do neutro’, mais respeito ao próximo e ao próprio.

Respeito não é hipocrisia, um favor ou uma tolice. É na iniciativa imediata independentemente de ‘culpados’, reconhecer que nós, enquanto seres sociais, precisam do próximo integro para que cada um de nós sejamos integrados e respeitados neste mundo complexo, inter-relacionado, seja pela misteriosa natureza que nos circunda. Respeitar também é reconhecer que estamos em uma plena ou não democracia, requerendo entendimentos entre minoritários e majoritários, muitas vezes ou sempre apoiados por "sacerdotes" diversos para reforçarem o poder, seja numa teocracia islâmica ou em seus sistemas judaico-cristãos do mundo ocidental.

Democracia, portanto requer alguma diversidade de formas e opiniões, naturalmente cabível. Assim, mais que achar doutrinas como o ateísmo o "salvador da corrupção ignorante cristã", podemos e temos leis em alguns lugares que permitem a liberdade de cultos e pensamentos. Nem sempre nos tornam melhores por nos termos permitido conhecer nós mesmos, o próximo e somar esforços. Essa assimilação quase nem sempre é simplista quanto parece, pelas trocas de acusações recíprocas, perdendo quase sempre os minoritários e os próprios escravos (fiéis) de todas as doutrinas.

O contrário de democracia é tirania em nome do poder, com paradoxo de recursos tecnológicos e ignorância, cujos inúmeros exemplos de violências ocasionadas pela ignorância desrespeitosa e tirânica são: extermínio de nativos americanos, massacres étnicos, santa inquisição, estupros em massa, movimentos neofacistas, consumismos excessivos, guerras santas, miséria, epidemias ‘divinas’, censuras, matança de animais (e humanos!) inocentes e outros, evitando mensurar vítimas e acusados mutuamente recíprocos.

Humanos precisam ser reconhecidos e tem necessidades diversas, cuja liberdade segundo Kant é algo como ‘liberdade é impor limites próprios e segui-los, sem esperar o limite de fora’. Logo é possível integrarmos às diversidades dos ecossistemas, mesclar tradição e modernidade, reconhecer as coisas com menos antropocentrismos e somar esforços, apesar das divergências que precisam ser estudadas para trabalhar-se as ignorâncias. Ser pacífico não é necessariamente ser fraco, e ser forte não é simplesmente ter mais fieis e desprezar o resto! Para ser forte e digno de respeito, é preciso respeitar, sejam pessoas ou seres vivos. Já as instituições não são dignas de respeito, pois não garantem o respeito mútuo.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Poder

Vós não vos conheceis
Vós qualquer coisa acatais!
Vós não tendes ideais
Vós não vos mereceis

Vós precisais de reis?
Vós amais as leis?
Vós, segundas pessoas dos plurais
Vós não vos existíeis!

Nós existimos, vós jamais!
Eu estou escrito, vós concordais?
Tu lês, assim vós existis mais?

Multidões, vossas excelências legais
De líderes precisais?
Precisam, pois vós sois ‘normais’.

Éter


Ela a dor cura,
O reagente satura,
Trata a loucura,
Inspira a doçura,

Volátil combustível ou ternura,
Infantil, viril ou fissura,
Éter, quinto elemento da mistura,
Assume formas de armadura

Em fumaça quase impura
Ela nada jura
Em licor, pratica usura

Amado éter que não dura
Celeste lua que fura
Na falta, que se mura!

Ave, ave!



Voam sob montanhas retangulares
Aves múltiplas pelos ares
Pardais, rolinhas, andorinhas dos mares
Colibris, bem-te-vis e pombos em pares

É verão bucólico urbano
Lagartas alimentam-nas todo ano,
Salvando medrosas em seus lares
Inspirando boêmios em seus bares

Montanha espelhada não sofre dano
Por aves enganadas em vôos angulares
As varrem, por arquiteto insano!

Em gaiolas cobertas por cocares,
Em banheiros de populares,
Foram roubadas pelos humanos czares!