terça-feira, 13 de agosto de 2013

Os três lados da fronteira

Um lado é o conhecido
Outro o oculto desconhecido
No meio o proibido de ambas e o permitido

Tudo era construído legalmente no lado conhecido,
Mas profundamente advinha dos objetivos obscuros.

Me perguntaram em quem confiar daqueles lados diluídos.
Uma menina me disse para não confiar em nada, mas agir.
Uma senhora me disse que havia apenas uma verdade.
Uma estrela me disse para confiar no intento do caminho,
Um anjo de luz disse para confiar e saciar o próprio ego: carpe diem!

Confiei no anjo e me vi preso no próprio inferno que construí;
Confiei na estrela, fiz longa jornada e achei o que eu quis;
Confiei na senhora e dissociei-me em um na ausência de fronteira do ser autoritário uno;
Confiei na menina e transgredi fronteiras inimagináveis;

Mas a menina foi maldosa?
Não, ela não tem moralismo.
Ela me mostrou a complexidade dos seres pela simplicidade.
Vi seres construtores, destruidores e reformadores.

Tanto os construtores e destruidores advém do conhecido com intentos desconhecidos.
Duelam aos extremos da ignorância.
A musa mirim advinha aparentemente dos reformadores:
Ora curandeiros,
Ora mensageiros,
Ora instrutores,
Ora atores.

Querem os reformistas manterem os sistemas,
Atuam nas fronteiras do desconhecido e público.

Ela traficava as chaves dos mundos,
De infinitas portas.
Concedia compassos aos construtores,
Assim como as críticas aos destruidores.

A infante certa vez me deu uma chave,
Quando atravessei a porta,
Eu acordei.