domingo, 8 de abril de 2012

A estória e mito da Dualidade



Sonhos mostrando a origem de tudo, elementos únicos, vindo de um único uno: O nada!
O nada, o absolutamente nada, tampouco o universo ou qualquer outra forma, não existiam. Era apenas o nada entrando em um paradoxo: o nada era tudo o que existia! Como podia o NADA ser TUDO, sendo ele tudo o que existia?

O NADA era também o TUDO! Para enfrentarem toda a contradição de ambos, eles se COEXISTIAM! Assim a COEXISTÊNCIA também surgiu, filho do NADA e de TUDO, reprimido pelo grande poderoso NADA e ofuscado pelo TUDO, ela, a COEXISTÊNCIA, fugiu da grande ganância, briga, dilaceração, e infinitos adjetivos incompreensíveis aos humanos, numa grande explosão buscando se expandir e trazer a paz à dualidade do NADA e do TUDO! Diante todos esses adjetivos insurgentes das eternas brigas do NADA e do TUDO, surgiu muita energia, como um motor que vai-volta, repele-atrai, negativo-positivo, dentre muitos outros nomes duais que sempre se referem à essência e origem do NADA e do TUDO.

Numa ilustração mais simples da interação NADA, TUDO e a COEXISTÊNCIA, visualize uma mandala cujo o centro, sempre, não tem NADA, mas tem ao redor uma diversidade de elementos da interação da COEXISTÊNCIA e do TUDO, em interações geométricas perfeitas mas carregadas de vícios que as limitam, trazendo a plenitude. Ainda tentando ilustrar a dualidade TUDO e NADA, imagine a mandala do yng-yang, carregando dentro de tudo o nada e o nada dentro de tudo, num eterno duelo de ambas.

Continuando a explanação destas origens, nomes e adjetivos foram surgindo, carregando sempre a contradição e a dualidade do NADA e do TUDO, criando muitos e infinitos seres mitológicos altamente energéticos, se ramificando e reproduzindo sempre, perpetuando a grande máquina e submáquinas energéticas que iam surgindo, numa transição como se fosse plasmática em séries infinitas convergentes para constantes uniformes, trânsitos seriais limitados, bem definidos, convergentes e belos, os primeiros elementos da matéria!

Em gases de altos níveis energéticos plasmáticos, a COEXISTÊNCIA tinha o livre arbítrio de fazer qualquer coisa contra TUDO e NADA, intensificando a briga dos dois elementos duais, assim surgiram as galáxias, formas de matérias insurgentes inidentificáveis e as estrelas! Assim a COEXISTÊNCIA, muito esperta, travava uma grande guerra contra o grande pai senhor NADA, trazendo toda a diversidade de coisas e seres povoantes para a forçar a insignificância do NADA! Essa diversidade não foi um golpe muito fácil, mas teve bastante apoio de TUDO que quase saiu vencedor dessa batalha, mas ele não podia se anular nessa guerra quase ganha, pois ele precisava do NADA para existir. Se assim não fosse, a grande vitória do TUDO acabaria no golpe do NADA!

Assim a diversidade da COEXISTÊNCIA não podia ser infinita tampouco convergente: ela oscilava em quase infinito, o TUDO, e quase zero, o NADA. Todos esses seres e coisas coexistentes, no fundo filhos ramificados do NADA e do TUDO, iam tentando acumular conhecimentos dos antepassados elementares, mas NADA, o opressor, faziam os seres e entidades regredirem, impedindo-os de atingirem qualquer plenitude.

A COEXISTÊNCIA procurava a ordem diante toda essa bagunça de alternâncias, por incrível que pareça desta vez com apoio de NADA, pois a ordem limitava a criatividade e qualquer outro golpe subversivo de TUDO! Graças a ordenação a expansão do universo estava mais uniforme os níveis de matéria mais complexas, apesar de existirem muitas outras, surgiram buscando a união contra as adversidades das duas grandes forças. Assim, por exemplo, numa galáxia denominada vulgarmente de Via Láctea, formava-se algumas aglomerações de prótons que infinitesimalmente, nesta já imensidão dentre tantas, estados moleculares via esses compartilhamentos e subpartículas, carregados em fluxos cósmicos diversos e aleatórios, procurando, de uma forma ou de outra reproduzir e tentarem elevarem-se nas ganâncias dos elementos primordiais.

As formas de reprodução foram diversas, mas muitos afirmaram que a mais primordial das reproduções era a cópia, ou também denominada clonagem. Assim um procurava copiar o outro, inclusive moléculas imbecis, contudo a cópia elementar traziam imperfeições nas suscetivas gerações de cópias, erros que se expandiam exponencialmente. Para alguns o erro era divino enquanto caminho para o acerto e reprodução da diversidade da COEXISTÊNCIA, e era necessário mecanismos pra evitar esses erros afim de preservar a existência da integridade. Um dos mecanismos adotados foi a comparação associada à cópia, como uma dupla fita hélice de DNA que copia uma à outra comparando-se e copiando múltiplas vezes, minimizando bastante os erros!

A reprodução portanto foi ficando mais complexa, assim surgiram também seres orgânicos de carbono, especialmente. Esses seres tinham a finalidade ÚNICA de reproduzirem, era talvez o principal motivo da existência dos mesmos. As células foram as primeiras reuniões destas matérias orgânicas organizadas e continuaram usando, como num passado remoto, objetos pontiagudos para competirem umas com as outras, armas letais, buscarem alimentos e até mesmo reproduzirem. Eram os falos que carregavam muitos significados e muito poder. Por outro lado os orifícios celulares eram onde os alimentos entravam e expeliam-se os dejetos, compatibilizando os pontiagudos objetos com orifícios por vezes em perfeitas penetrações multicelulares de múltiplas finalidades muito além do reprodução sexual, talvez comunicações. Desejos orgânicos egocêntricos de ordem muito superior e muito inferior, cujos seres pluricelulares copiaram os falos via pênis e membros e orifícios via ânus, bocas ou vaginas! A repugnante e divina dualidade da natureza manifesta e coisas tão banais, carregadas de muitos significados escondidos para qualquer nova ofensiva das guerras das dualidades cuja a COEXISTÊNCIA consciente buscava a paz!

Mecanismos, significados, diversidades, dualidades, entidades, trialidades... tantos nomes! Chega a ser difícil explicar que tudo isso tenha vindo do NADA...

Percebe-se que as máquinas e submáquinas geometricamente perfeitas destas origens continuam atuando em todo lugar em meio à paradoxos, carregando tudo, todos e transgressões destes elementos primordiais, duais ou trígonos que recebem muitas outras inúmeras denominações simplificadas e alegóricas: o TUDO, o NADA e a COEXISTÊCIA!