Hoje os sertões estão encharcados:
Esperam na tempestade um raio,
Um raio de luz que renove-nos.
Esperam o que sempre foram...
A aurora começa cedo nos trópicos,
Pulsam vidas e escravos utópicos:
Vivos zumbis dopados,
Mortos livres descansados.
Ontem fizemos sempre o mesmo:
Mas a fatalidade dos amados,
Nos matou (sempre) ameaçados!
Amanhã, minha bucólica amada,
As fendas da terra abrirão nossos medos,
E algum dia seremos de fato livres!