quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Minha amada Bucólica

Hoje os sertões estão encharcados:
Esperam na tempestade um raio,
Um raio de luz que renove-nos.
Esperam o que sempre foram...

A aurora começa cedo nos trópicos,
Pulsam vidas e escravos utópicos:
Vivos zumbis dopados,
Mortos livres descansados.

Ontem fizemos sempre o mesmo:
Mas a fatalidade dos amados,
Nos matou (sempre) ameaçados!

Amanhã, minha bucólica amada,
As fendas da terra abrirão nossos medos,
E algum dia seremos de fato livres!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Somos humanos

As nossas contradições nos destruirão!
Como Tupã sobre um chapadão,
Matará sua pele macia de pétalas, ao contraste áspero das pedras.

A ferida está na terra:
Por mal entendido você erra,
Por um risco, você me acerta,
Fechando a ferida dela.

Fui só um dia aquele raio divino,
As águas só encontrarão a terra uma vez:
No caminho da vida!

Somos insencíveis para as pequenas coisas,
Como um raio que atravessa-nos:
Nos separa e adeus.