terça-feira, 30 de abril de 2013

As pessoas são cheias de riquezas (e não sabem)

O título sugere o intento deste testículo, para riquezas em todos os sentidos. Leia várias vezes para entender as múltiplas interpretações possíveis, pois nossas linguagens são falhas. Pode e deve discordar do autor a vontade, mas enquanto ele estiver vivo, pergunte-o se ainda assim estiver com dúvidas. Veja:

As pessoas podem fazer trocas, mas são iludidas por plásticos e papéis confiavelmente falsos, como intermédio dos escambos. Apesar das desvantagens dos escambos, não haveria desemprego como o empreendedorismo das trocas, pois cada um faria com seu suor seu próprio ouro, para serem trocado por outros produtos e serviços essenciais para a sobrevivência e necessidade de cada um.

Temos terras para plantar e colher, mas preferimos nos sustentar do dinheiro fácil enganando uns aos outros, vendendo mentiras verídicas em sistemas complexos de finalidades ocultas.

Podemos fazer nossos próprios sapatos e brinquedos, mas preferimos o trabalho escravo asiático barato para não custar tanto o nosso tempo.

Podemos nós mesmos educar os nossos filhos, mas preferimos as escolas do Estado falido corrupto para ensinar o que é 'certo'.

Temos inteligência e criatividade, mas preferimos instituições (midiáticas, religiosas, comerciais, etc.) que pregam repetições mecânicas de falas ultrapassadas, tolas e muito mal traduzidas.

Temos computadores que podem calcular com os algoritmos adequados desde curas para qualquer doença até estimativas para nossos problemas reais, mas preferimos utilizar todo esse poder de processamento para ler fofocas.

Podemos ser honestos com nós mesmos, mas preferimos o consolo de nos auto enganarmos.

Temos pés e mãos que nos levam aonde quisermos (com as devidas ferramentas, como uma bicicleta por exemplo), mas preferimos esperar máquinas barulhentas rodantes quebrarem nossas calçadas, batendo entre si, poluindo nossas narinas e gerando dívidas (sociais, ambientais, financeiras, de tempo “ganho”-perdido, etc.).

Podemos saber das verdades que nos machucam, mas preferimos as falsas esperanças que nos divertem e adiam nossas dores.

Podemos esperar o momento certo e a hora certa com bons planos, mas atendemos imediatismos e emergências do dia a dia.

Podemos nos reunir e dialogarmos pacificamente para decidirmos nossos destinos, quase um auto governo, mas preferimos acreditar na falsa democracia teocrática cheia de favores burgueses, para nos acolher em caridades de lavagem de dinheiro público.

Preferimos confiar nossa saúde em médicos dopados, super atarefados e preocupados com dinheiro-poder, ao invés de consultarmos outros profissionais alternativos, inclusive nosso verdadeiro livre arbítrio.

Endividados, angustiados e doentes, todos nós, cada eu individual num todo sem pronome, estamos iludidos condicionalmente. (Será que o Mara do Buda venceu?) Mas temos sim muita, mais muitíssima esperança de que parados tudo isso vai mudar. (afinal assim fez Buda.).