quarta-feira, 19 de junho de 2013

Vinhos

O que diferencia o vinho das almas e o vinho do Dionísio? Um é fermentado e o outro é cozido?

Ambos celebram enrustidos bacanais, apesar de guardarem muitos dogmas: de mensagens vomitadas com fecais conteúdos.

Celebram, acima de tudo, as duas eternas vidas efêmeras de Dionísio, morto semideus herói e renascido mais um deus do olimpo.

O trabalho solucionado de ambos os vinhos, de frutos, folhas e troncos dilacerados durante dias, servem aos cálices em poucos segundos! Sob seus efeitos, dilaceram-se preconceitos e moralismos!

Ainda sob efeitos, imbecis contemporâneos bailam músicas idiotas de sentidos transgredidos, mágicos e positivistas, nos três sentidos das fés! Que poderes guardam tão hostis vinhos? Elixir da vida eterna? Conhecimento sobre você mesmo em pedra filosofal lapidada? Riquezas?

Segredos... Palavras tolas para sensações shakesperianas: "Horácio, há muito mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia".

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