O tempo passa elasticamente, contorcido em desejos e consumos insolentes: ora devagar, ora muito rápido, naturalmente.
Luzes passam devagar, levando e trazendo mais uns e menos outros, num fluxo constante de espaço-tempo deformados. Os segredos ficam guardados no escuro rico, envolvente, dilacerado.. Até que uma luz rouba todo o segredo lá contido!
Lá onde? Lá, no indefinido tempo-espaço deformado, descrito por ondas flexíveis que tudo varre dentro da sua banda..
E lá se foram outros segredos, recuperados das memórias perdidas, ex-convencidas de sua mediocridade, intolerância, medo, comodismo, ignorância.
Nesta total ausência presente, até de personagens, resta recuperar depressa os segredos aos cofres da fria escuridão, para que tudo tenha a integridade preservada. Delega-se ao leitor e à morte preservar os segredos, num movimento retrógado após expansões insustentáveis que se sucederam.
Seria excesso de pessimismo? Talvez, e sendo sim, a luz só cobre onde ela pode chegar, salvando nossos mistérios.
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